terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Orientações para Rezar o Ofício Parvo de Nossa Senhora

  Leia aqui a apresentação do “Pequeno ofício de Nossa Senhora” ou “Ofício Parvo de Nossa Senhora

Este texto representa uma adaptação contemporânea do "Ofício Parvo da Bem-Aventurada Virgem Maria", A edição original deste Ofício Parvo recebeu o Imprimatur da Comissão Especial do Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Bispo de Niterói, Dom José Pereira Alves, em Petrópolis, no dia 5 de setembro de 1940, e foi publicada pela Editora Vozes Ltda., situada em Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro. Este selo de aprovação eclesiástica, conferido por Frei Heliodoro Müller, O.F.M., atesta a conformidade do conteúdo com os ensinamentos católicos da época.conforme prescrito pela quarta edição do Breviário Romano. Esta versão foi cuidadosamente revisada e convertida para uma linguagem mais acessível pelo Professor Cleidson Granjeiro (com auxilio da teconologia), preservando a essência e a profundidade teológicas do texto original, mantendo-se fiel aos princípios e à estrutura do Ofício tradicionalmente celebrado pela Igreja.


Orientações para Rezar o Ofício Parvo de Nossa Senhora

O Ofício Divino compreende um conjunto de orações estabelecidas pela Igreja para serem rezadas em momentos específicos do dia e da noite. Inspirando-se no salmista que diz “Louvei a Deus sete vezes ao dia”, a Igreja dos primeiros tempos organizou as orações públicas em sete momentos distintos, nomeados como: 

Matinas e Laudes, para a meia-noite; Prima, ao amanhecer; Terça, às nove da manhã; Sexta, ao meio-dia; Nôa, às três da tarde; Vésperas, ao entardecer, às seis da tarde; e Completas, às nove da noite. Em épocas de grande fé, estas partes do Ofício Divino eram fielmente entoadas nos horários determinados. Posteriormente, em reconhecimento às limitações e necessidades de seus fiéis, a Igreja tornou-se mais flexível nesta prática.

As diferentes horas de oração remetem, conforme explicam os autores espirituais, aos eventos mais significativos da vida de nosso Senhor Jesus Cristo.

  • Matinas nos fazem recordar o nascimento do Salvador, Sua angustiante vida na gruta de Getsêmani, incluindo Sua oração, agonia e as cordas que O prenderam.

  • Em Laudes, celebramos a ressurreição e a assunção de Maria, eventos que, conforme a tradição devota, ocorreram ao amanhecer. Por isso, no Ofício dedicado à Virgem Maria, inserimos as antífonas da Assunção durante Laudes.

  • Prima é o momento em que recordamos os insultos, sofrimentos e açoites enfrentados por Jesus na casa de Caifás. Também honramos a aparição de Jesus à Virgem Maria após Sua ressurreição e a visita das santas mulheres ao sepulcro.

  • Terça nos leva a meditar sobre a flagelação, a coroação de espinhos e a condenação à morte de Jesus. Também é um tempo para honrar a descida do Espírito Santo.

  • Às Sexta, dedicamo-nos à reflexão sobre a crucificação de Jesus e Suas últimas palavras na cruz, momento em que nos deu Maria como Mãe.

  • Noa nos convida a contemplar a morte de Jesus na cruz, o tumulto na natureza que acompanhou esse momento, a derrota do reino de Satanás, e o nascimento da Igreja do lado aberto de Cristo na cruz.

  • Em Vésperas, a Igreja nos incentiva a honrar a remoção do corpo de Jesus da cruz, Seu repouso nos braços de Sua Mãe Santíssima e a instituição do sagrado sacramento da Eucaristia.

  • Completas, como indica o nome, servem para completar e concluir o ciclo do Ofício, honrando o sepultamento de Jesus e Seu repouso no túmulo.

Cada momento do Ofício Divino é uma oportunidade para nos conectarmos profundamente com os mistérios da fé, refletindo sobre a vida, morte e ressurreição de Jesus, assim como a vida de Maria.

Os membros da Ordem Terceira encontrarão nestas reflexões um verdadeiro sustento para a sua devoção durante a recitação do Ofício Divino. Os Irmãos e Irmãs da Ordem da Penitência, seguindo as normas canônicas estabelecidas pela sua santa Regra, podem cumprir suas obrigações espirituais recitando o Ofício da Virgem Maria. Ao fazê-lo, prestamos todos os dias uma homenagem especial a Maria Santíssima com louvores e orações, e a venerável Mãe, por sua vez, nos agracia com os frutos de sua proteção poderosa.

Embora seja possível recitar o Ofício em português, a prática ideal é fazê-lo em latim, a língua oficial da Igreja. Mesmo que não compreendamos completamente o latim, essa tradição nos permite colher abundantes bênçãos dessas orações, desde que sejam feitas com fé, devoção, atenção e confiança. Assim, é como se fosse o próprio Jesus Cristo e a Igreja orando em nós, conosco e por nós.

As orações recitadas durante o Ofício Divino são capazes de produzir efeitos tão significativos quanto os sacramentos em qualquer momento: elas conferem graças especiais que atendem às necessidades de quem as oferece.

Ao recitar o Ofício Divino, é possível também elevar nossos pensamentos a Deus, mergulhando mais profundamente na contemplação divina. Além disso, é importante se esforçar para pronunciar cada palavra do Ofício com máxima atenção e reverência. Este zelo e respeito na recitação das orações são vistos como um verdadeiro ato de fé que presta grande homenagem à Majestade de Deus.

Oração que se diz antes do Ofício durante todo o ano

Abri Senhor os meus lábios para bendizer o seu santo nome. Purificai o meu coração de todos os pensamentos vãos, perversos ou inúteis. Iluminai o meu entendimento e inflamai a minha vontade para que possa rezar digna atenta e devotamento este ofício e mereça ser atendida(o) na presença de vossa divina Majestade. Por Cristo, Senhor nosso. Amém!

Senhor, em união com aquela intenção puríssima, com que vós na terra louváveis a Deus, vosso Pai, ofereço o sagrado culto dessas horas eclesiásticas.

Oração que se diz depois do Ofício durante todo o ano (O Santo Padre Leão X concedeu a quem, de joelhos e devotamente, rezar esta oração depois do Ofício, o perdão de todos os defeitos e culpas contraidas por humana fragilidade durante a recitação do Ofício)


Pai Nosso, Ave Maria.

À Santíssima e indivisível Trindade; à Humanidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Crucificado; à fecunda integridade da Beatíssima e Gloriosíssima sempre Virgem Maria; e à comunhão de todos os Santos, seja eternamente concedido, por toda criatura, louvor, honra, glória e ação de graças; e a nós, a remissão de todos os pecados. Pelos séculos dos séculos. Amém.

Feliz é o ventre da Virgem Maria, que trouxe o Filho do Eterno Pai.

E felizes são os seios que amamentaram Cristo, Nosso Senhor.

Rezamos o Pai Nosso e a Ave Maria pelas intenções (católicas) de Sua Santidade, o Papa, e da Santa Igreja Romana.

Para a recitação do Ofício, os períodos são especificados da seguinte forma:

1º Ofício é rezado do dia 3 de fevereiro até as Vésperas do sábado anterior ao primeiro domingo do Advento.

2º Ofício é destinado ao período das Vésperas desse sábado antes do primeiro domingo do Advento até as Vésperas da Vigília do Natal, exceto durante as Vésperas da festa da Anunciação de Nossa Senhora.

3º Ofício é recitado a partir das Vésperas da Vigília do Natal até a festa da Purificação de Nossa Senhora, que ocorre em 2 de fevereiro, inclusive.

O site "Tesouro dos Fiéis" agora publica diariamente as orações apropriadas para cada hora litúrgica, de acordo com o respectivo tempo litúrgico.

Acesse as orações apropriadas para cada hora litúrgica AQUI

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